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Wednesday, November 22, 2006

Alunos de Belas Artes de Lisboa, fartos de buracos no chão, querem novo edifício.

Fazem grande revolução, fazem grande barulho e eu não senti nem um pouco de amor, nem um pouco de vontade em preservar e fazer renascer aquele edifício cuja alma é tão densa que se lhe sente o cheiro em cada pedra, em cada porta, em cada parede. Estes jovens criadores não parecem ter qualquer problema em trocar os corredores pelos quais passaram durante 170 anos os artistas portugueses, por uns novos corredores e salas construídos de fresco, nus, vazios de qualquer humanidade. Parece que para estes jovens futuros artistas a alma é um bem menor que não faz muita falta, um bem do qual abdicam sem protestos.
Eu cá, nestes tempos em que se vive, tenho muita fome de espírito.