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Tuesday, December 26, 2006

Cão

Este cão.

Surgiu do tecido que cobre o edifício em obras na calçada de S. Francisco e café.

Milagrosamente, revelou-se com corpo. Algo que por muito que tente talvez nunca consiga dar as outras visões.

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Enquanto respondia ao comentário: "Curioso mas eu vejo é um gato" - de Demência, saí-me com...:

(...) isto parece mesmo tirado de uma daquelas visões que tenho momentos antes de cair no sono. Fragmentos de imagem no limite do consciente. Que surgem perante mim...mas completamente exteriores a minha vontade ou controlo.

Sinto um grande fascínio por essas imagens, pela sua pureza, perfeição...se há alguma coisa que procuro na minha pintura seria essa liberdade e sinceridade mas acordada, consciente. Liberta de medos e ansiedades, de pensamentos fúteis, segundas intenções, conceptualidade, ruído para a minha visão. Guiada apenas pelas sensações e emoções que me desperta a visão, quer a visão seja uma pessoa a minha frente, uma memória, ou um sonho (...)

é isto.